quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

(CP4) 1. Fundamentação dos princípios de conduta na relação com o "outro" (conceito de invisibilidade social)

O conceito de Invisibilidade social tem sido aplicado, em geral, quando se refere a seres socialmente invisíveis, seja pela indiferença, seja pelo preconceito, o que nos leva a compreender que tal fenómeno atinge tão somente aqueles que estão à margem da sociedade. De facto, são essas as maiores vítimas da invisibilidade social.

Há vários fatores que podem contribuir para que essa invisibilidade ocorra: factores sociais, culturais, económicos e estéticos. De acordo com psicólogo Samuel Gachet a invisibilidade pode levar a processos depressivos, de abandono e de aceitação da condição de “ninguém”, mas também pode levar a mobilização e organização da minoria discriminada.


Segundo Gachet o preconceito que gera invisibilidade se estende a tudo o que está fora dos padrões de vida das classes hierarquicamente superiores. Muitos são os indivíduos que sofrem com a invisibilidade social, como por exemplo, profissionais do sexo, pedintes, toxicodependentes, trabalhadores pouco qualificados, portadores de necessidades especiais, pessoas com orientação sexual diferente, desempregados, reformados, pessoas que não estão adequadas aos padrões de beleza e etc...


Faça um breve comentário às principais ideias do texto e indique como pensa ser possível alterar os valores dominantes na construção da identidade e singularidade de cada pessoa? como é possível ultrapassar a invisibilidade de alguns grupos?

1 comentário:

  1. (CP4) 1 – Fundamentação dos Princípios de Conduta na Relação com o “outro” (Conceito de Invisibilidade social).

    A incapacidade da escola de estimular situações de igualdade que colaborem com a melhoria das condições de vida dos ciganos, analisando-se conteúdo e grau de êxito das políticas educacionais, bem como a implementação destas políticas pelos agentes escolares e sua aceitação no dia-a-dia da instituição.

    Fundamentalmente, o que está em discussão são dois temas interligados: a diversidade cultural na escola e os processos de desigualdade social. Assim, se por um lado é inegável que a escola é um palco de convivência entre diferentes, por outro, as políticas educacionais e as práticas dos agentes responsáveis por levar adiante o trabalho pedagógico dentro das instituições possuem um viés “monocultural” que, ao desconsiderar as especificidades culturais, termina por colocar por terra a ideia (genérica) de que a escola possa ser um instrumento de diminuição da desigualdade social.

    Para possibilitar a compreensão do leitor a respeito do caso analisado, apresentarei, na secção seguinte, algumas informações sobre a situação dos ciganos na Espanha e de seu processo de escolarização. Esta apresentação será feita de forma sintética, dado já haver discutido tais questões.

    Há elementos sobre as perspectivas que tal grupo étnico tem em relação à escola, o que se justifica em virtude do pouco conhecimento existente a respeito.

    A escola e a diversidade cultural dos grupos ciganos

    Costuma-se dizer que os ciganos tomam da escola apenas aquela bagagem que lhes permite continuar vivendo como ciganos: que querem ter um domínio mínimo da leitura, da escrita e do cálculo.
    Por outro lado, ante a marginalidade social e fracasso escolar deste povo, argumenta-se que o fracasso reflecte a falta de igualdade de oportunidades que os atingem de forma global.

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