sexta-feira, 20 de março de 2009

Multiculturalidade nas empresas objectivo real ou utopia?


Portugal vive presentemente um cenário crescente de misturas culturais. Depois das culturas africanas que criaram raízes em Portugal, seguem-se agora os imigrantes de Leste. As minorias continuam a enfrentar barreiras na sociedade? Quais são as principais barreiras?No essencial, as barreiras decorrem dos desafios de integração e de plena cidadania, quer por bloqueios da sociedade de acolhimento, quer por dificuldades dos imigrantes e minorias étnicas. A promoção da igualdade entre todos os cidadãos – portugueses ou estrangeiros - prevista constitucionalmente tem ainda imperfeições no acesso ao trabalho, à saúde, à educação, à protecção social e ao exercício de direitos cívicos. Mas também é verdade que essas imperfeições, na igualdade efectiva de direitos, existem também dentro da “maioria” e não só em relação às minorias. Há, por isso, que fazer este combate pela igualdade de direitos e de deveres, de oportunidades e de lugar para todos e cada um.Por outro lado, a gestão deste princípio de igualdade e integração deve respeitar a diversidade étnico-cultural, de forma a não obrigar a uma assimilação e “normalização”. Pelo contrário, fomentar o diálogo entre perspectivas diferentes é uma vocação de uma sociedade multicultural e multi-étnica. Assim, promover a integração, respeitando a diversidade é um desafio complexo, mas irrecusável numa sociedade de matriz humanista.
Será que Portugal está a saber lidar com o facto de se ter tornado em tão pouco tempo um país "importador" de estrangeiros, quando durante muitos anos viu tantos portugueses passarem fronteiras em busca de um sonho?Como qualquer outra comunidade, precisa de um tempo de aprendizagem e de adaptação. Tem, no entanto, a vantagem – e a exigência ética – de poder transferir a sua experiência de emigração, nomeadamente das suas reivindicações e anseios nos países de destino, para as regras que agora deve administrar como país de acolhimento de imigrantes.O que pode mudar algumas mentes?A consciência de que, apesar das diferenças, somos todos iguais.O racismo continua a ser um problema que afecta várias culturas existentes no país. Porquê o ódio por outra raça ou cultura?Acima de tudo, por causa do medo e da ignorância. São estes os motores da agressividade. Há, por isso, que os dissipar promovendo pontes de diálogo e construção de afectos.
A lei trabalha para evitar que estes casos se sucedam. E em termos humanos, o que há a mudar? Bastaria que cada um de nós se conseguisse colocar no lugar do “outro”, procurando sentir o que o “outro” sente e o que deseja, para que todo o acolhimento ao “outro” melhorasse.·
Este texto foi retirado do site: http//www.mep/índex.php? Option.com



Trabalho realizado por: Ana Cal