segunda-feira, 29 de junho de 2009

sexta-feira, 20 de março de 2009

Multiculturalidade nas empresas objectivo real ou utopia?


Portugal vive presentemente um cenário crescente de misturas culturais. Depois das culturas africanas que criaram raízes em Portugal, seguem-se agora os imigrantes de Leste. As minorias continuam a enfrentar barreiras na sociedade? Quais são as principais barreiras?No essencial, as barreiras decorrem dos desafios de integração e de plena cidadania, quer por bloqueios da sociedade de acolhimento, quer por dificuldades dos imigrantes e minorias étnicas. A promoção da igualdade entre todos os cidadãos – portugueses ou estrangeiros - prevista constitucionalmente tem ainda imperfeições no acesso ao trabalho, à saúde, à educação, à protecção social e ao exercício de direitos cívicos. Mas também é verdade que essas imperfeições, na igualdade efectiva de direitos, existem também dentro da “maioria” e não só em relação às minorias. Há, por isso, que fazer este combate pela igualdade de direitos e de deveres, de oportunidades e de lugar para todos e cada um.Por outro lado, a gestão deste princípio de igualdade e integração deve respeitar a diversidade étnico-cultural, de forma a não obrigar a uma assimilação e “normalização”. Pelo contrário, fomentar o diálogo entre perspectivas diferentes é uma vocação de uma sociedade multicultural e multi-étnica. Assim, promover a integração, respeitando a diversidade é um desafio complexo, mas irrecusável numa sociedade de matriz humanista.
Será que Portugal está a saber lidar com o facto de se ter tornado em tão pouco tempo um país "importador" de estrangeiros, quando durante muitos anos viu tantos portugueses passarem fronteiras em busca de um sonho?Como qualquer outra comunidade, precisa de um tempo de aprendizagem e de adaptação. Tem, no entanto, a vantagem – e a exigência ética – de poder transferir a sua experiência de emigração, nomeadamente das suas reivindicações e anseios nos países de destino, para as regras que agora deve administrar como país de acolhimento de imigrantes.O que pode mudar algumas mentes?A consciência de que, apesar das diferenças, somos todos iguais.O racismo continua a ser um problema que afecta várias culturas existentes no país. Porquê o ódio por outra raça ou cultura?Acima de tudo, por causa do medo e da ignorância. São estes os motores da agressividade. Há, por isso, que os dissipar promovendo pontes de diálogo e construção de afectos.
A lei trabalha para evitar que estes casos se sucedam. E em termos humanos, o que há a mudar? Bastaria que cada um de nós se conseguisse colocar no lugar do “outro”, procurando sentir o que o “outro” sente e o que deseja, para que todo o acolhimento ao “outro” melhorasse.·
Este texto foi retirado do site: http//www.mep/índex.php? Option.com



Trabalho realizado por: Ana Cal

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009




Políticas Públicas de Inclusão do Canadá



O Canadá é um país com cerca de 32 milhões de habitantes e foi colonizado por franceses e ingleses. Cerca de 45% da população possui ascendência inglesa, escocesa ou irlandesa.
Todos os anos 150 mil pessoas tornam-se cidadãos canadianos. É exigido ao ministro responsável pelo “Department of Citizenship and Immigration” um relatório anual composto por 3 partes:
Demografia – Relacionado com diversidade, revelando a evolução das práticas federais comparando os 20 anos de “Multiculturalism Act”;
Acentua as principais conquistas do programa no ano anterior;
Descreve os objectivos conseguidos e os desafios que as instituições têm que se debater em relação à multiculturalidade e fornece uma visão de várias iniciativas de forma a implementar ao programa “Canadian Multiculturalism Act”.

Como se tornar um cidadão canadiano?

Idade >18 anos
Residência permanente, no mínimo 3 anos;
Capacidade de falar uma das duas línguas possíveis (inglês ou francês);
Sem antecedentes criminais;
Conhecer os direitos, responsabilidades, a história, geografia e sistema político.

Idade <18>
Os requerentes serão os pais, parentes ou representante legal;
Não e necessário residência permanente;
Um dos pais é cidadão canadiano ou apresentou candidatura para nacionalização.
Na procura de visto não existe a necessidade de contratar empresas, mas sim contactar as entidades oficiais.
Existem vários tipos de requerimentos para visto:
Trabalhadores especializados;
Trabalhador temporário ou estudante;
Investidor, empreendedor ou trabalhador por conta própria;
Visto familiar;
Candidatura apresentada e nomeada pela província (Provincial Nominee).
Os Recursos Humanos e Desenvolvimento Social no Canada são responsáveis por ajudar os recém chegados e prováveis imigrantes para os desafios associados a encontrar emprego e fornecem um guia de trabalho, ajudam com informações concretas sobre o mercado de trabalho e residência. Informa sobre oportunidades, desafios e barreiras.
Para trabalhar no Canada será necessário a inscrição na Segurança Social e Finanças (SIN), será fornecido um curso de inglês/francês. Os migrantes deverão possuir rendimentos suficientes para se manterem, no mínimo, durante 6 meses. Todos os documentos oficiais deverão estar devidamente actualizados e na sua posse, assim como certidões de nascimento, diplomas escolares, certidão de casamento, entre outros.
Para mais informações http://www.cic.gc.ca/


Trabalho realizado por:
João Parra
Luísa Dias
Vânia Gomes



Dificuldades na inclusão dos imigrantes em Espanha.

As profundas desigualdades no desenvolvimento entre os países, provocam contínuos fluxos de seres humanos das zonas mais pobres para aquelas onde as condições de vida são melhores.
As causas da imigração são quase sempre as mesmas:
A fuga à pobreza o desemprego, destruição do meio ambiente, guerra, violência, perseguição política ou religiosa.

A intensidade dos fluxos migratórios, o modo de organizar os seus sistemas de regulação e controle, e as políticas orientadas para a integração social dos imigrantes, variam consideravelmente entre os países europeus.

O Estado espanhol, actualmente preocupa-se com problemas que envolvem as questões da imigração. Surgiram regularizações que, em parte, contribuíram para o decréscimo da xenofobia, que se deve, principalmente, ao medo do desemprego, insegurança em relação ao futuro, mal-estar gerado por condições sociais e a falta de políticas eficazes.
A Espanha lidera a lista dos países que mais recebem estrangeiros, estima-se que cheguem ao país 600 mil imigrantes por ano. É um dos países da UE com maior número de imigrantes clandestinos, os quais são escravizados por máfias espalhadas por todo o país, em especial na Andaluzia e na região de Madrid.
O processo de legalização que ocorreu em 2000, permitiu regularizar a situação de apenas 140.000 imigrantes. Em 2001 o número de imigrantes superou todas as expectativas, levando a que fossem adoptadas medidas excepcionais de contenção. Em 2005, o governo espanhol lançou um novo processo de legalização dos imigrantes clandestinos, esperando cerca de 800 mil vejam a sua situação regularizada. O processo de regularização adoptado está na prática confiado às empresas que empregam estes imigrantes clandestinos.
Um das situações mais dramáticas vividas pelos imigrantes regista-se no sul de Espanha e nas Canárias. Todos os anos, muitos morrem afogados quando tentam atingir as suas costas vindos do Norte de África. Em 2004, a Espanha expulsou 120 mil imigrantes clandestinos.


Pesquisa do governo indica que, de forma geral, os espanhóis aceitam bem os imigrantes: 73% acreditam que eles contribuem para a economia e 69,7% acham positivo que a sociedade abrigue pessoas de diferentes culturas e religiões. Mas, de forma contraditória, 61,8% acreditam que o número de imigrantes é excessivo.
O governo de Jose Luis Zapatero vai dar incentivos aos imigrantes que regressem voluntariamente ao seu país de origem, de forma a fazer face à crise financeira que o país vive.
Trabalho realizado por: Elisabete e Margarida, CP4

Políticas de inclusão


Grã-bretanha:

Políticas de inclusão à imigração


Os imigrantes constituíam em 2001 cerca de 4% da população. 39% destes imigrantes são originários de países da União Europeia. Os asiáticos constituem depois o grupo mais significativo, destacando-se entre eles os originários do Bangladesh, Paquistão e Índia.

Este país introduziu medidas muito selectivas em relação à concessão do estatuto de asilados.

Em 2000 cerca de 10% dos imigrantes foram devolvidos aos seus países de origem, porque os seus pedidos de asilo se deviam à falta de emprego nos seus locais de origem. Em Março deste mesmo ano o Governo Britânico anunciou que expulsaria os imigrantes que explorassem os seus filhos pela mendicidade.


As ajudas do governo são para os imigrantes conseguirem trabalho e habitação e aprendizagem da língua inglesa. Nesse ano regularizou a situação de 30.000 refugiados que haviam solicitado asilo. Contudo, não regularizou os imigrantes ilegais por motivos económicos que ascendem a mais de 50.000.

Entre a Necessidade e o Medo

Imigração

As profundas desigualdades no desenvolvimento entre os países, assim como no interior destes, provocam contínuos fluxos de seres humanos das zonas mais pobres para aquelas onde as condições de vida são melhores. Estas disparidades de desenvolvimento, ao contrário do que seria de esperar, não têm diminuído a nível mundial, mas aumentado. O que se reflecte no crescente número de imigrantes

clandestinos nos países mais ricos. Este drama é particularmente sentido, na União Europeia. Todos os anos milhares de pessoas morrem tentando entrar num dos seus estados membros.

Problema de imigração e nacionalidade para os quais pode precisar de aconselhamento

Exemplo de problemas sobre os quais pode precisar de aconselhamento:
Obter autorização para ficar no Reino Unido mais tempo do que você inicialmente tinha intenção;
Obter autorização para fazer algo que presentemente não lhe é permitido fazer, por exemplo ter permissão para trabalhar;

Trazer familiares para o país, por exemplo o(a) seu(sua) esposo(a), noivo(a), filhos;
Estar em risco de ser deportado(a) do Reino Unido;

Ser detido(a) pelas autoridades de imigração num centro de detenção;
Fazer o pedido para ser cidadão britânico;

Se já está a viver no Reino Unido mas quer viajar (por exemplo, para ir de férias), saber se o(a) deixarão voltar a entrar no Reino Unido;

Saber se tem direito a serviços do estado ou a pedir benefícios, por exemplo: educação, serviços de saúde, habitação social, benefícios da Segurança Social, benefício para ajuda do pagamento da renda (housing benefit) e benefício para ajuda do pagamento do imposto camarário (council tax benefit);

Direito a votar;

Novas políticas de controlo à imigração no Reino Unido

Após crise, desemprego alimenta xenofobia e assombra estrangeiros

Palco de intensos protestos nas últimas semanas, o Reino Unido assistiu a centenas de britânicoscarregarem placas dizendo “empregos do Reino Unido para trabalhadores britânicos” e a entrarem em greve em uma refinaria cujos postos eram ocupados por italianos e portugueses. Sindicatos protestaram contra o governo, dizendo que nativos estavam sendo minados por estrangeiros com salários mais baixos.

-As reacções contra os trabalhadores estrangeiros ainda são pequenas, mas a tendência é aumentar – prevê Gabriela Boeing, da Organização para Migração Internacional, em Londres. – Com a crise e a decorrente diminuição de vagas, há pressão para que o governo proteja empregos dos nativos. No Reino Unido, que sempre defendeu o movimento de cidadãos europeus, as coisas estão mudando. Tem sido comum em pesquisas ver “imigrantes roubam nossos empregos”. É mais fácil culpar estrangeiros do que a política económica.
O Secretário-geral da Solidarity Trade Union, do Reino Unido, Patrick Harrington explica que, apesar do conflito com trabalhadores estrangeiros, a “maior raiva é contra governo e empresários”: O Reino Unido já está criando leis mais duras para controlar a imigração e, segundo dados do Departamento do Trabalho e Pensão, nos últimos três anos houve um aumento de 1,6 milhão para 2,32 milhões de trabalhadores estrangeiros no país.

Trabalho realizado por: Ana Cal/cp4

Politica de Inclusão

Inclusão de Imigrantes na Alemanha

∙ Desde a 2ª. Guerra Mundial (1939-1945) que a Alemanha se tornou no principal destino da imigração na Europa. Os seus 7,3 milhões imigrantes constituíam em 2003 cerca de 9% da população total.

O principal grupo imigrante é originário da Turquia (cerca de 2 milhões). Calcula-se que 750 mil imigrantes vivam neste país em situação irregular.

Espanha, Itália, Alemanha e Reino Unido foram os países que, em termos absolutos, mais imigrantes receberam em 2001.


Dificuldades

∙ A língua não é uma condição suficiente, porém necessária, para a integração.
Sobretudo os Progenitores devem aprender alemão.

∙ Nos anos 50 e 60 a tentativa de solucionar um problema de falta de mão-de-obra depois da guerra a Alemanha gerou uma solução. Trabalhadores de países vizinhos foram convidados a trabalhar na Alemanha, os “Gastarbeiters”, isto é trabalhadores convidados. Desses imigrantes não eram exigidos qualificação profissional nem falar a língua alemã e eles foram trabalhar onde faltava braço: fábricas, construção civil, entre outros.
Os alemães pensaram que depois que os imigrantes “cumprissem o seu trabalho”, iriam voltar para os respectivos países de origem, Itália, Portugal, Turquia.

Claro que muitos voltaram, mas a grande maioria foi ficando, construindo aqui suas famílias e gerando filhos e que de alguma forma assimilaram a cultura alemã, digo, de alguma forma. A segunda e terceira geração de filhos de imigrantes têm dificuldades com a língua alemã, muitos falam, mas não escrevem correctamente, tem as piores notas na escola não conseguem terminar uma qualificação profissional, são os mais susceptíveis ao desemprego no futuro e consequente marginalização.

Isolados nos guetos vivem até hoje numa sociedade “paralela” falando somente a língua de sua terra de origem. Em Colónia por exemplo há bairros onde a maioria é turca, supermercado turco, tudo em turco. Os turcos que moram lá, principalmente velha geração, não precisam falar alemão e permanecem entre si sem comunicar com o resto do país.

Choque das culturas

∙ Sem um programa claro para integrar os imigrantes, outros países europeus como a Franca, Espanha também tem vivido conflitos, principalmente com a população de imigrantes turcos, árabes, marroquinos que vêem de outra cultura e praticam outra religião.

∙ Numa pais com sérios problemas demográficos como a Alemanha, a imigração deveria ser tratada como “a grande oportunidade” dessa sociedade de se “rejuvenescer” em todos os sentidos, não somente na produção de bens, mas de se desenvolver em direcção a uma sociedade multicultural como a Europa já é. Negar a realidade é um erro e não contribui para a integração de fato dos imigrantes. Aqui os políticos abriram o olho tarde. Os problemas causados por uma falta de políticas para integrar os imigrantes e os filhos de imigrantes na sociedade alemã, aumenta a cada dia. Essa brava gente que fez o país crescer até hoje não tem direito de votar, mas interessantemente pagam aqui regularmente os impostos como todo alemão.


Integrando

∙ Neste contexto político só resta remendar. Nas escolas, nos clubes de futebol, centro de jovens há inúmeros programas educacionais para os jovens imigrantes em idade escolar. Para os adultos que querem adquirir o passaporte alemão o Estado esta oferecendo cursos de direitos básicos, cidadania, legislação, cultura, história e curso básico de alemão no projecto de Integração. No programa também está bem claro, fortalecer o direito de igualdade das mulheres. No final os participantes receberão um certificado de participação e o passaporte e claro terão o direito de votar.

Mas, em Berlim, já existe iniciativas. Há três anos, todas as crianças passam por testes de proficiência em alemão antes de entrar na escola. Na capital, 95% das crianças fazem o curso no jardim-de-infância. Pais que não enviarem seus filhos para o jardim-de-infância ou para um curso de alemão de três horas por dia estão sujeitos a multas de 50 mil euros.

∙ Em 2000 entrou em vigor a lei da dupla nacionalidade. Esta lei procura promover a integração da segunda e terceira geração de imigrantes. Os imigrantes clandestinos que são detidos são expulsos de imediato e postos na fronteira. Alemanha estabeleceu convénios com os países vizinhos de forma a expulsar do seu território todos aqueles que nele tentam entrar ilegalmente. Se o imigrante não leva documentos, os procedimentos burocráticos podem levar meses, porque primeiro se tem que estabelecer a identidade do detido.









Trabalho realizado por:
Joaquim Estêvão & Lurdes Correia.
Técnico de Secretariado. CP-4

Politicas de Inclusão - CP4

Politicas de Inclusão para Imigrantes
França






Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a imigração era vista na França como uma solução para os problemas de défice demográfico e carência de mão-de-obra no país. As discussões em torno do melhor formato para uma política de imigração foram, no entanto, bastante intensas e controversas.
Diante das pressões económicas e da impopularidade de medidas de discriminação nacional no imediato pós guerra, a visão dos economistas prevalece, e já em 1945 o país lança as bases de uma política que visava atrair trabalhadores estrangeiros.
Entre 1981 e 1983, durante o primeiro governo do socialista, houve um processo de consolidação dos direitos dos estrangeiros. Em Outubro de 1981, o governo promulgou lei que garante a liberdade de associação aos imigrantes, dando um novo impulso ao activismo imigrante. As associações que reuniam a segunda geração dos imigrantes árabes das antigas colónias francesas passaram a ser cada vez mais influenciadas pelo discurso da esquerda norte-americana de "direito à diferença". Em 1983, essas organizações juntas organizaram a "Marcha pela igualdade e contra o racismo", que ajudou a dar visibilidade a essa parte esquecida da sociedade francesa e pressionar pelo reconhecimento das suas demandas. Entre as reivindicações do movimento beur, estavam o direito do voto local para os imigrantes, a protecção contra a expulsão, a adopção de políticas sociais e a revisão da política de nacionalidade francesa. Impulsionada pelo sucesso da Marcha, nasceu uma das organizações mais importantes e actuantes do movimento imigrante, o SOS Racismo, que chega a ter dezoito mil filiados na década de 1980.







Ao longo dos últimos anos, a relação da França com seus imigrantes parece ter-se tornado cada vez mais complicada, e a tendência para considerar a imigração como um problema de segurança e o imigrante como uma ameaça à integridade física e cultural do país parece ter-se estabelecido como uma das características mais marcantes da vida política francesa na actualidade.



Trabalho realizado por Marisa Moreno e Cristina, CP4.